Mensagem fraterna 173

 

Chico Xavier

Quando mergulhou no corpo físico, para o ministério

 que deveria desenvolver,

 tudo eram expectativas e promessas.

Aquinhoado com incomum patrimônio de bênçãos,

 especialmente na área da mediunidade.

 

 

Mensageiros da Luz prometeram inspirá-lo e ampará-lo

 durante todo o tempo em que se encontrasse na trajetória física,

 advertindo-o dos perigos da travessia no mar encapelado das paixões

 bem como das lutas que deveria travar

 para alcançar o porto de segurança.

 

 

Orfandade, perseguições rudes na infância,

 solidão e amargura estabeleceram o cerco

 que lhe poderia ter dificultado o avanço, porém,

as providências superiores auxiliaram-no a vencer

 esses desafios mais rudes e a crescer interiormente

 no rumo do objetivo de iluminação.

 

 

Adversários do ontem que se haviam reencarnado também,

crivaram-no de aflições e de crueldade

 durante toda a existência orgânica, mas ele conseguiu amá-los,

jamais devolvendo as mesmas farpas,

 os espículos e o mal que lhe dirigiam.

 

 

Experimentou abandono e descrédito,

 necessidades de toda ordem,

 tentações incontáveis que lhe rondaram os passos

 ameaçando-lhe a integridade moral,

 mas não cedeu ao dinheiro, ao sexo,

 às projeções enganosas da sociedade,

nem aos sentimentos vis.

 

 

Sempre se manteve em clima de harmonia,

 sintonizado com as Fontes Geradoras da Vida,

de onde hauria coragem e forças para não desfalecer.

 Trabalhando infatigavelmente,

 alargou o campo da solidariedade,

e acendendo o archote da fé racional

 que distendia através dos incomuns testemunhos mediúnicos,

 iluminou vidas que se tornaram faróis

 e amparo para outras tantas existências.

 

 

Nunca se exaltou e jamais se entregou ao desânimo,

 nem mesmo quando sob o metralhar de perversas acusações,

 permanecendo fiel ao dever,

 sem apresentar defesas pessoais ou justificativas para os seus atos.

 Lentamente, pelo exemplo,

 pela probidade e pelo esforço de herói cristão,

 sensibilizou o povo e os seu líderes, que passaram a amá-lo,

 tornou-se parâmetro do comportamento,

transformando-se em pessoa de referência

 para as informações seguras sobre o

 Mundo Espiritual e os fenômenos da mediunidade.

 

 

Sua palavra doce e ungida de bondade sempre soava ensinando,

 direcionando e encaminhando as pessoas

 que o buscavam para a senda do Bem.

 Em contínuo contato com o seu Anjo tutelar,

 nunca o decepcionou, extraviando-se na estrada do dever,

 mantendo disciplina e fidelidade ao compromisso assumido.

 

 

Abandonado por uns e por outros,

 afetos e amigos, conhecidos ou não,

 jamais deixou de realizar o seu compromisso para com a Vida,

 nunca desertando das suas tarefas.

 As enfermidades minaram-lhe as energias,

 mas ele as renovava através da oração

 e do exercício intérmino da caridade.

 

 

A claridade dos olhos diminuiu até quase apagar-se,

 no entanto a visão interior tornou-se mais poderosa

 para penetrar nos arcanos da Espiritualidade.

 

 

Nunca se escusou a ajudar,

 mas nunca deu trabalho a ninguém.

 Seus silêncios homéricos falaram mais alto

 do que as discussões perturbadoras e os debates

 insensatos que aconteciam a sua volta e longe dele,

 sobre a Doutrina que esposava e os seus sublimes ensinamentos.

 

 

Tornou-se a maior antena parapsíquica

 do seu tempo, conseguindo viajar fora do corpo,

quando parcialmente desdobrado pelo sono natural,

 assim como penetrar em mentes e corações

 para melhor ajudá-los, tanto quanto tornando-se maleável

 aos Espíritos que o utilizaram por quase setenta e cinco anos

 de devotamento e de renúncia na mediunidade luminosa.

 Por isso mesmo, o seu foi mediunato incomparável.

 

 

...E ao desencarnar, suave e docemente,

 permitindo que o corpo se aquietasse,

 ascendeu nos rumos do Infinito,

 sendo recebido por Jesus,

que o acolheu com a Sua bondade, asseverando-lhe:

 

 

– Descansa, por um pouco, meu filho,

 a fim de esqueceres as tristezas da Terra

 e desfrutares das inefáveis alegrias do reino dos Céus.

Joanna de Ângelis

(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, no dia 2 de julho de 2002, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.)

(Ilustração retirada do Jornal "Brasília Espírita" número 118, set/out. 2002)

Uma ótima semana!

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